quinta-feira, 9 de agosto de 2012

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CONHECENDO O VERDADEIRO EDWARD






Quantas vezes havia olhado Edward e me maravilhado, com sua beleza? Quantas horas - dias, semanas- de minha vida eu havia passado sonhando com o que eu julgava ser a perfeição? Pensava que conhecia aquele rosto melhor que o meu próprio. Penava que essa fosse a única certeza física em meu mundo. O rosto impecável de Edward.
Eu devia estar cega.
Pela primeira vez, com as sombras turvadoras e a fraqueza limitadora da humanidade extraídas de meus olhos, eu vi seu rosto. Arquejei e depois lutei com meu vocabulário incapaz de encontrar as palavras certas. Eu precisava de palavras melhores. A essa altura a outra parte de minha atenção tinha se assegurado de que não havia perigo ali além de mim mesma, e eu automaticamente fiquei em pé; quase um segundo inteiro havia se passado desde que saíra da mesa.


Continuei a fitar, o rosto de Edward, novamente imóvel. Ele contornou a mesa lentamente - cada passo levando quase meio segundo, cada passo fluindo sinuosamente como a água de um rio ondulado por pedras suaves -, a mão ainda estendida. Eu observava a beleza de seu movimento, absorvendo-a com meus novos olhos.
-Bella? - disse ele num tom baixo e  tranquilizador, mas a preocupação em sua voz revestiu de tensão meu nome.

-Bella, amor? Desculpe. eu sei que é desorientador. Mas você está bem. Tudo está bem.


Enquanto eu refletia por uma pequena fração de segundo sobre qual pergunta fazer primeiro, Edward estendeu a mão, inseguro, e afagou meu rosto com a ponta dos dedos. Liso como cetim, macio como pena, e agora na temperatura exata da minha pele.
Seu toque pareceu se estender sob a  superficie de minha pele, atravessando os ossos do meu rosto. A sensação era de formigamento, eletrizante - percorreu meus ossos, descendo pela coluna, e vibrou em meu estomago.
Espera ai, pensei enquanto a vibração florescia em um calor, um anseio. Eu não devia ter perdido isso? Abrir mão dessa sensação, não fazia parte do trato?

Mas enquanto a mão de Edward se moldava ao meu rosto como aço revestido de cetim, o desejo percorreu minhas veias ressecadas, da cabeça aos pés.
Ele arqueou uma sobrancelha perfeita, esperando que eu falasse.
Eu o abracei com ímpeto.


Via: Saga Crepúsculo Amanhecer
capitulo 20
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